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Publicado na Quarta, 18 de março de 2020, 20h21
Banco Central reduz taxa básica de juros de 4,25% para 3,75%

BRASÍLIA - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de 4,25% para 3,75% nesta quarta-feira. No comunicado, o BC sinalizou a manutenção da taxa no novo nível.

 

A decisão sofreu os efeitos da crise do coronavírus, que tem derrubado mercados e economias no mundo todo. No comunicado, o BC afirmou que a pandemia está causando uma "desaceleração significativa" do crescimento global, redução no preço das commodities e volatilidade nos preços dos ativos financeiros.

 

A autoridade monetária caracterizou o cenário como "desafiador" para economias emergentes, como a do Brasil.

 

Na última reunião, o Copom sinalizou que interromperia o ciclo de cortes, situação que mudou com a pandemia do novo vírus.

 

A redução acompanhou a decisão de bancos centrais ao redor do mundo, como o do Federal Reserve (FED), o banco central americano, que reduziu a taxa de juros duas vezes desde o início da crise. Atualmente, os juros da economia americana está entre 0% e 0,25%.

 

No comunicado, o Copom avaliou que os dados de atividade econômica vinham em linha com um processo de recuperação gradual da economia, mas ressaltou que eles não refletem, ainda, os impactos da pandemia.

 

A queda é uma continuação do ciclo de cortes iniciado em julho do ano passado e renovou a mínima histórica da série iniciada em 1999.

 

A Selic é a taxa em que bancos, cartões e instituições financeiras se baseiam para calcular os juros das diferentes modalidades oferecidas aos clientes. A taxa também é o principal instrumento do BC para influenciar na inflação.

 

O economista sênior do banco BMG, Gilmar Alves, entende que o cenário com o coronavírus é muito incerto, mas vê a Selic acabando o ano em 3,75%. Alves entende que o corte pode ser positivo para a economia, mas tem efeito limitado.

 

— Há um sentimento de dúvida, mas o efeito no corte da taxa básica é limitado no cenário como o atual, a taxa já estava em um patamar baixo se considerar nosso histórico — disse.

 

Inflação

A projeção do Copom para a inflação é de 3% pra 2020, abaixo do centro da meta de 4%, e de 3,6% para 2021 tanto em um cenário dos juros em 3,75% quanto em 4,25%. Ambos os cenários têm taxa de câmbio de R$ 4,75.

 

Por exemplo, em um cenário de inflação alta, o Banco Central pode aumentar os juros, assim desestimulando a tomada de empréstimos e o consumo, o que diminuiria a inflação. Com a redução dos juros, o BC potencialmente pode diminuir os custos de crédito no país.

 

Sobre a inflação, o Copom avaliou que há riscos para os dois lados. O nível de ociosidade da economia pode levar a trajetória do índice para abaixo do esperado. O risco seria intensificado caso um "agravamento" da pandemia cause aumento de incerteza e redução da demanda com 'maior magnitude ou duração que o estimado".

 

Em outra ponta, o corte nos juros, uma piora no cenário externo ou uma interrupção no processo de reformas econômicas podem elevar a inflação.

 

O Banco Central aproveitou o comunicado do Copom para destacar que pode usar todas o "arsenal de medidas" para o enfrentamento da crise. O comunicado cita a política monetária, cambial e a estabilidade financeira.

 

Na pesquisa semanal Focus, do BC, que expõe as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos, a previsão é que 2020 termine com a Selic em 3,75%. A pesquisa foi publicada na segunda-feira e mostrou uma redução nas expectativas, dado que na semana anterior, o mercado previa a taxa em 4,25%.

 

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